domingo, 27 de agosto de 2017

Outlander - A Viajante do Tempo - Livro 1 (Diana Gabaldon)


Livro: Outlander - A Viajante do Tempo
Título Original: Outlander (Editora Dell Publishing)
Autor (a): Diana Gabaldon
Editora: Arqueiro
Ano: 1991
Páginas: 800

Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros. Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro das Terras Altas, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo pelo escocês. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?


     O livro centra-se em duas personagens principais, Claire Randall (née Beauchamp) e Jamie Fraser, e acontece na Escócia no século XVIII e XX.

     Clarie é uma inglesa de 27 anos e casada com Frank Randall (1945). Ela serviu por anos como enfermeira na II Guerra Mundial, e quando a guerra finalmente chegou ao fim, ela e Frank partem para uma segunda lua de mel, a fim de se reconectarem após anos separados. Eles seguem para Inverness, nas Terras Altas do norte da Escócia, onde Frank – um renomado professor universitário – procura saber mais sobre sua árvore genealógica, uma de suas paixões. É deste modo que Clarie, perambulando pela pacata cidade enquanto o marido procura saber sobre seus antepassados, se depara com um misterioso círculo de pedras em uma colina chamada Craigh na Dun.  E é aí que tem início essa historia. 
   Ao se aproximar demais, Clarie "atravessa" uma das pedras, passando por uma espécie de fenda e viagem no tempo, surgindo, exatamente, no mesmo lugar no qual estava, com as mesmas roupas: mas 200 anos antes. Totalmente perdida e procurando uma explicação lógica para o fato de estar na Escócia de 1743, ela é encontrada por um grupo de homens que – na dúvida entre ela ser uma prostituta, uma espiã ou uma bruxa – acabam por levá-la como refém para um destino desconhecido. 
     Conforme os dias vão passando, Clarie vai aprendendo lidar com a época, os costumes e a língua completamente diferente de tudo que já viu. Ela precisa, contudo, sair do domínio dos homens do clã MacKenzie e voltar para sua época, uma completamente diferente da realidade de clãs escoceses, lutas e revoluções do século XVIII. Mas quando surgem imprevistos e reviravoltas do destino, nem tudo está mais ao poder de Clarie… E ela precisa decidir o que fará, quando seu coração está dividido entre uma paixão arrebatadora e um antigo, e seguro, amor.

     O livro é narrado em primeira pessoa por Clarie, e dividido em 6 partes. Essas partes são, como se fossem, marcos na história da protagonista, além de organizar perfeitamente as reviravoltas principais. Pela narrativa, conheceremos um pouco mais da história da Escócia nesse período de 1743. Vou apresentar algums fatos históricos para ficarem 'por dentro' dessa narrativa:

- Por herança, em 1603, o rei James VI da Escócia se tornou rei da Inglaterra e o rei da Irlanda, formando assim uma união pessoal entre os três reinos. A Escócia entrou posteriormente em uma união política com a Inglaterra em 1 de maio de 1707 para criar o novo Reino Unido da Grã-Bretanha.

 - A Batalha de Culloden no dia 16 de Abril de 1746, entre as tropas do governo britânico e os rebeldes jacobitas, ocorreu no pântano de Culloden (Culloden Muir, também conhecido como Drummossie Muir) perto de Inverness, na Escócia, e terminou com uma vitória para as tropas do governo inglês.[1] As jacobitas (católicos), fiéis ao jovem pretendente ao trono, foram derrotados por cerca de 9 mil soldados, fiéis à casa de Hanôver, comandados pelo Duque de Cumberland.

- O Jacobitismo foi um movimento político dos séculos XVII e XVIII na Grã-Bretanha e Irlanda que tinha por objectivo a restauração do reinado da casa dos Stuarts na Inglaterra e Escócia (e depois de 1707, ano em que a Escócia e a Inglaterra se uniram, o reino da Grã-Bretanha). Tem um pendor católico e anti-protestante. O nome advém de Jaime II da Inglaterra (e Jaime VII da Escócia), cujo nome em Latim era Iacobus Rex. Este movimento acabaria por ser derrotado, sobretudo em dois grandes momentos e batalhas em 1715 e 1748. A maioria dos levantes jacobitas foram chamados de rebeliões jacobitas pelos governos. A “Primeira Rebelião Jacobita” e a “Segunda Rebelião Jacobita” foram conhecidas respectivamente como “A Quinze” e “A Quarenta e Cinco” devido aos anos nos quais elas ocorreram (1715 e 1745).

Segue algumas imagens dos locais citados pelo livro e pela série também: 

Culloden



Fort William


Inverness



Lago Ness 


Terras Altas 


     É um livro extenso, mas vale muito a pena ler. Não é uma leitura difícil mas se você não sabe nada sobre a Escócia ficará um pouco perdido, mas espero que com essa resenha o leitor possa ter uma noção e iniciar essa leitura maravilhosa e com personagens principais muito fortes, principalmente em suas personalidades. 

     Sempre fui curiosa referente a Escócia, mas com esse livro e as pesquisas e conversas com pessoas por dentro dessa história passe a amar mais.. 

     Não deixem a acompanhar também a série de TV Outlander, que terá a sua terceira temporada em Setembro de 2015, segue trailer da primeira temporada (para não dar spoiler. rsrsrs).  
     E tem as duas temporadas na NETFLIX.  :) 


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