sábado, 26 de outubro de 2019

A Menina Submersa - Caitlín R. Kiernan






















Título: A MENINA SUBMERSA - LIMITED EDITION: MEMÓRIAS - UM CASO DE AMOR PARA TODA VIDA
Autor: Caitlín R. Kiernan
Tradução: Ana Resende e Carolina Caires Coelho
Editora: Darkside
Ano: 2015
Número de páginas: 320
Sinopse:
"A Menina Submersa: Memórias"Caitlín R. KiernanObsessões e assombrações à flor da peleUma “obra-prima do terror e da fantasia dark” da nova geraçãoA Menina Submersa: Memórias é um verdadeiro conto de fadas, uma história de fantasmas habitada por sereias e licantropos. Mas antes de tudo uma grande história de amor construída como um quebra-cabeça pós-moderno, uma viagem através do labirinto de uma crescente doença mental. Um romance repleto de camadas, mitos e mistério, beleza e horror, em um fluxo de arquétipos que desafiam a primazia do “real” sobre o “verdadeiro” e resultam em uma das mais poderosas fantasias dark dos últimos anos. Considerado uma “obra-prima do terror” da nova geração, o romance é repleto de elementos de realismo mágico e foi indicado a mais de cinco prêmios de literatura fantástica, e vencedor do importante Bram Stoker Awards 2013. O trabalho cuidadoso de Caitlín R. Kiernan é nos guiar pela mente de sua personagem India Morgan Phelps, ou Imp, uma menina que tem nos livros os grandes companheiros na luta contra seu histórico genético esquizofrênico e paranoico. Filha e neta de mulheres que buscaram o suicídio como única alternativa, Imp começa a escrever um livro de memórias para tentar reconstruir seus pensamentos e lutar contra o que seria “a maldição da família Phelps”, além de buscar suas lembranças sobre a inusitada Eva Canning, sua relação com a namorada e consigo mesma, que evoca em muitos momentos a atmosfera de filmes como Azul é a Cor mais Quente (Palma de Ouro em Cannes, 2013) e Almas Gêmeas (1994), de Peter Jackson. Não se assuste: é um livro dentro de um livro, e a incoerência uma isca para uma viagem mais profunda, onde a autora se aproxima de grandes nomes como Edgar Allan Poe e HP Lovecraft, que enxergaram o terror em um universo simples e trivial – na rua ao lado ou nas plácidas águas escuras do rio que passa perto de casa –, e sabem que o medo real nos habita. Caitlín dialoga ainda com o universo insólito de artistas como P.G. Wodehouse, David Lynch e Tim Burton, e o enigmático personagem Sandman, de Neil Gaiman, com quem aliás, trabalhou, escrevendo The Dreaming, spin-off derivado da obra-prima de Gaiman. A Menina Submersa evoca também as obras de Lewis Carrol, Emily Dickinson e a Ofélia, de Hamlet, clássica peça de Shakespeare, além de referências diretas a artistas mulheres que deram um fim trágico à sua existência, como a escritora Virginia Woolf. Com uma narração intrigante, não linear e uma prosa magnífica, Caitlín vai moldando a sua obsessiva personagem. Imp é uma narradora não confiável e que testa o leitor durante toda a viagem, interrompe a si mesma, insere contos que escreveu, pedaços de poesia, descrições de quadros e referências a artistas reais e imaginários durante a narrativa. Ao fazer isso, a autora consegue criar algo inteiramente novo dentro do mundo do horror, da fantasia e do thriller psicológico. A epígrafe do livro, retirada de uma música da banda Radiohead – “There There” –, diz muito sobre o que nos espera: “Sempre ha´ um canto de sereia que te seduz para o naufra´gio”. A Menina Submersa é como esse canto, que nos hipnotiza até que tenhamos virado a última página, e fica conosco para sempre ao lado de nossas melhores lembranças.

Se você, caro leito, está a pensando que por ser da Editora Darkside é um livro de terror, está muito enganado, se prepare para uma história muito louca...
India Morgan Phelps é um dos personagens mais complexos que li. A história é narrada por Índia Morgan Phelps, chamada principalmente de Imp. Ela nos revela, logo no início da história, que não é uma narradora confiável e no decorrer da história nos dá indícios disso. Através de suas memórias, Imp nos leva para dentro de uma mente esquizofrênica e nos mostra como é fácil confundir fatos com verdades. Sua avó e sua mãe cometeram suicídio, e Imp herdou a doença delas (esquizofrenia). No estágio da doença em que Imp se encontra, ela começa a datilografar um livro com suas histórias, suas memórias; em momentos é em primeira pessoa em outros, em terceira, como se ela falasse de outra pessoa.
Pelas referências a escritores, pintores e locais, é notável que houve muito estudo e pesquisa na construção dessa obra, (alguns reais, outros criados pela escritora) devido a isso, é recomendado ler o livro com um celular ao lado para possíveis dúvidas e pesquisas de coisas citadas no livro. E apesar de ser uma história muito bem fundamentada e cheia de referências, é um texto fluido.
Enquanto eu lia, fui entendendo o porquê de tantas resenhas negativas. Comecei a ler o livro e parei antes de chegar na metade, porque se continuasse não entenderia nada; mas só voltei a ler após mais de 1 ano. A menina submersa não é um texto para ser lido às pressas; não é apenas uma história com começo meio e fim. Ele é narrado em primeira pessoa, como se a personagem principal estivesse escrevendo um livro, contando a sua história.
 Requer muita atenção, reflexão e precisa que o leitor embarque nessa loucura para entender o que se passa.
A confusão se dá porque a história é como uma colcha de retalhos, a personagem conta, do seu jeito, conforme se lembra, assim ficando, às vezes, sem sentido, mas sempre remete a um passado. Às vezes as lembranças são dolorosas, e ela decide pular para uma parte menos complicada, faz círculos antes de contar esses trechos.
Recomendo esse livro para você que está à procura de algo diferente e reflexivo.

SOBRE O AUTOR
Caitlín R. Kiernan (1964) é autora de livros de ficção científica e fantasia dark, e paleontóloga. Escre- veu dez romances, dezenas de histórias em quadrinhos e mais de 200 contos e novelas. Entre seus trabalhos, destacam-se os romances Silk (1998), Threshold (2001), ambos vencedores do International Horror Guild Award, e The Red Tree (2009); a série em quadrinhos The Dreaming, spin-off de Sandman, de Neil Gaiman, com quem também escreveu a novelização de Beowulf (2007). A Menina Submersa: Memórias conquistou os Prêmios Bram Stoker e James Tiptree, Jr., este dedicado a obras de ficção científica ou de fantasia que expandem e exploram a compreensão de gênero.

Segue algumas frases do livro:































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