segunda-feira, 7 de setembro de 2015

As Crônicas de Fogo e Gelo - A Guerra dos Tronos - Resenha

AS CRÔNICAS DE FOGO E GELO
Guerra dos Tronos

MARTIN, George R. R. As Crônicas de Fogo e Gelo. A Guerra dos Tronos. Editora Leya. 2012. 1066 página.
A Song of Ice and Fire:  o A Game of Thrones, Bantam Books, 1996.

                No fictício continente Westeros, uma terra onde o verão pode durar décadas e o inverno toda uma vida, os problemas estão apenas começando. O frio está de volta e, nas florestas ao norte de Winterfell, forças sobrenaturais se espalham por trás da Muralha que protege a região. No centro do conflito estão os Stark, do reino de Winterfell, uma família tão áspera quanto às terras que lhe pertencem. Dos lugares onde o frio é brutal, até os distantes reinos de plenitude e sol, George R. R. Martin narra uma história de lordes e damas, soldados e mercenários, assassinos e bastardos, que se juntam em um tempo de presságios malignos. "A guerra dos tronos" possui elementos comuns aos romances épicos, com componentes fantásticos e uma narrativa única. Cada capítulo é contado do ponto de vista de um personagem - embora todos sejam narrados em terceira pessoa. Um fato apresentado pelo ponto de vista de um personagem, quando narrado por outro pode assumir significados diferentes; o vilão de um capítulo pode parecer bastante diferente em outro. Cabe ao leitor a tarefa de definir o caráter dos envolvidos na trama.
                O livro começa contando a história da família Stark, que mora no Norte de Westeros, os Stark são uma antiga família nobre cujo líder é Eddard Stark, também conhecido como Ned. Eddard tem cinco filhos: Bran, Rob, Rickon, Arya, Sansa e o bastardo Jon Snow, sua esposa se chama Catelyn.  No início do livro, os Stark recebem a notícia de que um amigo de Ned, Jon Arryn,  A mão do rei, acaba de falecer e que o rei de Westeros, Robert Baratheon, e a corte real estão vindo para Winterfell. Eddard não vê o rei desde o fim da rebelião em que ele ajudou Roberth a derrotar os Targaryen, antiga família que reinava em Westeros e assumir o trono de ferro.  Após a rebelião, Robert casou-se com Cersei Lannister e teve três filhos: Joffrey, Tommen, e Myrcela. Robert tornou-se um rei glutão, gordo e bêbado, muito diferente do amigo que Ned conheceu. Além da família Stark, ao longo do livro, somos apresentados a outras famílias de Westeros:  Lannister, Baratheon, Arryn, Targaryen, Tully, Tyrrel, Clegane, entre outras.  Daenerys Targaryen, juntamente com seu irmão Viserys, são os últimos descendentes da família Targaryen, eles fugiram de Westeros após a derrota e destruição da casa Targaryen, por Robert o usurpador, vivendo de favores em uma terra estranha, porém ambos ainda sonham com a terra distante.  

                Não tem como descrever com uma só palavra do que se trata essa história, pois tudo, exatamente tudo acontece nesse primeiro livro. Conhecemos os Starks, Lanninsters, Baratheon e Targaryen.  Já acontece muita coisa, mas a principal delas é a ida de Eddard Stark para Porto Real ser a Mão do Rei, e situações se desencadeiam de uma tal forma que, acho, a única história que não tem uma ligação, histórias que acontecem no Norte e Sul, nesse livro com os Starks é os Targaryen. Dannarys Targaryen, no Leste, é forçada pelo irmão Vicerys a se casar com  Khal Drogo, senhor de guerra dos guerreiros nômades dothraki, planejando usar o exército do mesmo para reconquistar o Trono de Ferro de Westeros. Entre os presentes de casamento estão três ovos petrificados de dragão.
                A fronteira do norte dos Sete Reinos é fortificada pela Muralha, uma antiga barreira de gelo de mais de 210 m de altura e 480 km de extensão, populada pela irmandade da Patrulha da Noite. Nas "terras sem lei" ao norte da Muralha, um pequeno grupo de Patrulheiros da Patrulha da Noite encontra os lendários Vagantes Brancos das antigas lendas, sendo todos mortos com a exceção de um. Levado a loucura, o sobrevivente foge para o sul da Muralha, onde é capturado e executado em Winterfell como um desertor, pelas mão de Eddard Stark.

                Cada capítulo se concentra em uma narrativa em terceira pessoa limitada de uma única personagem; o livro apresenta a perspectiva de oito personagens principais. Adicionalmente, uma personagem menor providencia o prólogo. Os títulos dos capítulos indicam a perspectiva:

Prólogo: Will, um homem da Patrulha da Noite.
Eddard Stark, Guardião do Norte, Lorde de Winterfell e Mão do Rei.
Catelyn Stark, da Casa Tully, esposa de Eddard Stark.
Sansa Stark, filha mais velha de Eddard e Catelyn Stark.
Arya Stark, filha mais nova de Eddard e Catelyn Stark.
Bran Stark, o segundo de três filhos de Eddard e Catelyn Stark.
Jon Snow, filho bastardo de Eddard Stark.
Tyrion Lannister (o anão), irmão da Rainha Cersei e de Sor Jaime, filho de Lorde Tywin Lannister.
Daenerys Targaryen, Filha da Tormenta, Princesa de Pedra do Dragão e herdeira do trono Targaryen depois de seu irmão Viserys Targaryen.

                Não preciso dizer que esse livro não é recomendado para, na minha opinião, pessoas abaixo dos 17 anos, pois contem “cenas” de incesto, sexo (muito por acaso), traição, guerra, matança sanguinária e por aí vai.
                Recomendo a leitura totalmente, mas fica um aviso, não é uma leitura fácil, pois a tradução é de Portugal, mas vale a pena. 


Aguardem o segundo!!!!   



A Mão Esquerda de Deus - Resenha


A MÃO ESQUERDA DE DEUS 

HOFFMAN, Paul. A Mão Esquerda de Deus. Editora Objetiva/Suma de Letras. 2010. 327 página.

Habitado por meninos que foram levados para lá muito novos e geralmente contra a sua vontade, o Santuário dos Redentores é uma mistura de prisão, monastério e campo de treinamento militar. Lá, esses milhares de garotos são submetidos a uma sádica preparação para lutar contra hereges que vivem nas redondezas. A intenção dos Lordes Redentores, os monges que cuidam do lugar, é fortalecer os internos tanto física quanto emocionalmente, preparando-os para uma monstruosa guerra entre o bem e o mal. Entre os jovens está Thomas Cale, um garoto de 14 ou 15 anos, que nada se lembra de sua vida antes do Santuário. Treinado exaustivamente pelo Redentor Bosco, tanto na arte de lutar quanto na capacidade de planejar batalhas. Essas poderosas habilidades serão colocadas à prova quando ocorre um brutal assassinato entre os corredores labirínticos da prisão. Este evento dá início a uma perseguição desesperadora. Finalmente fora dos muros do monastério, Cale, junto de Henri Embromador e Kleist, seus amigos no Santuário, conhecerão o mundo fora da prisão do Santuário e terão contato com sentimentos completamente novos como amizade, compaixão e o amor. Chegando a cidade de Memphis, o maior império do mundo, rapidamente fazem aliados valiosos e inimigos terríveis. Com suas horrendas habilidades, Cale e seus amigos se tornam temidos e respeitados na cidade grande, mas a sombra da ameaça dos redentores se torna cada vez mais próxima.

“Afinal, de que servem as portas onde existem pecadores? Portas escondem coisas. Elas possibilitam vários comportamentos diabólicos, decidiram os redentores…”

“Sou ligado a você por amarras que nem Deus pode romper. Um dia se sentir uma brisa suave no rosto, talvez seja meu hálito. E em uma noite se o vento gelado brincar com seus cabelos, talvez seja minha sombra passando.”

                O primeiro volume da trilogia, faz uma alusão ao Catolicismo como, no lugar de nosso Jesus crucificado, temos o Redentor Enforcado, que não representa o amor, mas a lembrança de que os seres humanos não passam de pecadores. O início da história até a fuga de Thomas Cale do Santuário, conta como é a vida dentro desse lugar e como são tratados os acólitos, os meninos levados.  Após a fuga, Thomas e seus amigos chegam a Menphis e a partir daí deparam-se com uma outra realidade e comportamentos jamais vistos. Encontram e ficam amigos de Idrispukke. Não sei como ficará, mas Cale se apaixona perdidamente por Arbel, pescoço de cisne, que será o ponto chave para a descoberta de alguns segredos que seu “tutor” Redentos Bosco esconde de Thomas Cale.

                A história é contata de forma um pouco lenta, mesmo também porque o tempo transcorrido desse livro para o segundo são de alguns meses. Acho que acontece muita coisa em pouco tempo, ainda mais se falando em termos psicológicos.

                Eu gostei muito do livro, a leitura é de fácil compreensão e os personagens tem características bem diferentes, mundos diferentes. Mas Thomas Cale, por ser um menino, amadurece de certa forma, mas não deixa de ser um adolescente, né? Acho que até o terceiro livro ele irá me surpreender.  Recomendo a leitura... 

                Paul Hoffman (1953) é um escritor inglês e roteirista de cinema, autor dos livros A Mão Esquerda de Deus, As Últimas Quatro Coisas e O Bater de Suas Asas.  Ele passou a maior parte da infância em campos de pouso, vendo seu pai, pioneiro da prática esportiva do paraquedismo, saltar de aviões. Depois de se formar em inglês no New College, em Oxford, teve vários empregos, de professor a administrador de uma casa de apostas e mensageiro de banco. Mais tarde, foi o principal agente de classificação etária do British Board of Film Classification. Escreveu o argumento de três filmes, em co-autoria, e trabalhou com, entre outros, Francis Ford Coppola. É autor de The Wisdom of the Crododiles, que deu origem a um filme protagonizado por Jude Law e Timothy Spall e de The Golden Age of Censorship, um comédia negra que foi publicada em 2007.

 

 

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