AS ÚLTIMAS QUATRO COISAS
HOFFMAN, Paul. As Últimas
Quatro Coisas. Editora Objetiva/Suma
de Letras. 2011.
De volta ao
Santuário dos Redentores, Cale é informado pelo General Redentor Bosco de que a
destruição da humanidade é necessária. Seria a única maneira de corrigir o
maior erro de Deus e de alcançar os objetivos de Bosco, dentre eles,
transformar um simples garoto em um destruidor impiedoso. O papel de Cale é
fundamental nesse processo: ele é a Mão Esquerda de Deus, o Anjo da Morte. O
poder absoluto está ao seu alcance, e o impressionante aparato militar dos
Lordes Redentores é sua maior arma, que ele manipula com destreza. Mas talvez
nem mesmo os Redentores consigam controlar Cale por completo. O menino que é
capaz de ir da bondade à violência mais brutal num piscar de olhos é certamente
capaz de aniquilar os inimigos da fé como se espera dele – mas a alma deste
jovem é muito mais estranha e imprevisível do que seus mentores podem esperar.
Em As últimas quatro coisas, Paul Hoffman dá novas dimensões a seus
personagens, proporcionando uma maior compreensão de suas ações, e lança a
seguinte questão: quando chegar a hora de decidir o destino do mundo, de
garantir a destruição da humanidade ou poupá-la, o que Thomas Cale fará? Irá
expressar a vontade de Deus com a ponta de sua espada ou perdoará seus iguais –
e a si mesmo?
Cale está de
volta ao Santuário dos Redentores, agora ele não é mais um alcólito e sim A Mão
Esquerda de Deus (Anjo da Morte), de acordo com o Redentor Bosco. Convencido
que foi traído por seu amor Arbell “Pescoço de Cisne”, Cale aceita a posição de
Anjo da Morte, começa a liderar o exército de Redentores renegados e lutar ao
lado daqueles que sempre o oprimiram. Enquanto Cale trava guerra contra os
inimigos do Redentores, Bosco luta por seus interesses. Quando Cale descobre
que o motivo da guerra contra os Antagonistas faz parte do interesse pessoal de
Bosco, ele foge novamente. Mas desta vez ele não irá acompanhado apenas de
amigos, e sim de Redentores que foram renegados e que lutaram ao seu lado. A
personalidade de Cale está mais forte neste livro. Por acreditar que é a Mão Esquerda
de Deus, ele começa a se aproveitar da situação de respeito e medo que os
Redentores têm dele e por muitas vezes tem um comportamento arrogante. Mais da
metade da história é a descrição de brigas, batalhas, invasões, mortes, mortes
e mais mortes o que a torna muito cansativa. Em alguns momentos o autor te
lembra dos personagens antigos. O que aconteceu com Arbell depois que Cale foi
levado embora de Memphis e a cidade se acabou? Qual é o paradeiro do estranho
Idris Pukke? Kleist está do seu lado ou está o acompanhando apenas nos falta de
opção? O que Henri Embromador fará quando seu caminho se cruzar novamente com o
de Cale? Onde as melhores partes da história são quando você consegue essas
respostas. O mais surpreendente do livro acontece nas últimas páginas, quando
Cale se encontra com Arbell e promete vingança. Nesse momento ele mostra toda a
raiva e mágoa que sente por ela e pelo o que teve que passar por causa dela.
Este livro se
trata especificamente das batalhas ao qual Cale está envolvido e descreve cada
detalhe dessas batalhas, o que torna o livro muito cansativo. Mas acho que será
importante saber detalhadamente das estratégias de batalha da mente de Cale
para o próximo livro. O que mais me
surpreendeu foi o destino de Kleist, mas mesmo assim não ficou longe de uma
batalha, acho que é o destino unindo Cale, Henri e Kleist novamente? Recomendo
o livro, mas para quem gosta de batalhas e bem descritivas. Não acho que seja
um livro juvenil, digamos, pois é um pouquinho forte. Vamos ver o que esperar
do final, né?
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